quarta-feira, 7 de julho de 2010

(Lição 06) Astrologia, um grande engano

Oito razões porque não creio em astrologia
Por Eguinaldo Hélio

“O grande inimigo da verdade não é, geralmente, a mentira: deliberada, inventada, desonesta; mas, sim, o mito: persistente, persuasivo e fora da realidade” — Kennedy.
“E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi. E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas. E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra, e para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom. E foi a tarde e a manhã, o dia quarto” (Gn 1.14-19).
A finalidade de Deus, ao criar os astros e as estrelas, era iluminar a terra e determinar o andamento regular do tempo. De modo algum, sua pretensão foi, por meio desses astros, controlar o temperamento ou o destino do homem sobre a terra. Esta concepção não é real e muito menos bíblica. É querer usar as estrelas e os astros para um fim para o qual não foram criados. O resultado só pode ser um grande engano.

Os astrólogos sim, têm influenciado a atitude dos homens, levando-os a confiar mais em supostas previsões, baseadas nos astros, do que no exercício do seu livre-arbítrio diante de um Deus pessoal que exige deles uma resposta. As estrelas não têm nada a ver com isso. Os que pensam estar sendo manipulados pelo Sol, pela Lua e pelas estrelas, na verdade, estão sendo manipulados pelos astrólogos. Os “analfabetos do espaço”, incapazes de ler o que dizem as estrelas, sujeitam-se docilmente àqueles que alegam poder fazê-lo.

A astrologia tem sido um sistema de arte divinatória que tem influenciado a conduta da humanidade por milênios. Mas nem sua antiguidade nem sua popularidade podem torná-la veraz. Não há respostas satisfatórias para muitas perguntas concretas sobre este assunto. Há muitos motivos pelos quais não podemos crer na astrologia. Se a sua popularidade puder comprovar alguma coisa, então existem muitos outros absurdos que deveremos aceitar como verdade.

POR QUE NÃO CREMOS EM ASTROLOGIA?

1. Porque as estrelas que vemos nos céus podem deixar de existir
A luz da estrela que estamos contemplando é uma luz emitida por ela há muitos anos. É complicado acreditar que esta distância permita qualquer influência dos corpos celestes sobre nós. Cálculo algum pode tornar coerente alguma influência deles sobre nossas vidas. Além disso, é possível que tal luz possa ser o reluzir de uma estrela que já nem existe mais!


2. Porque não existe uma razão lógica para que a nossa vida e temperamento sejam influenciados pelos astros
Que os astrólogos nos expliquem porque as posições dos astros influenciam nosso ser e destino. Que nos expliquem qual é a interação existente entre a massa e o movimento desses corpos celestes com o nosso modo de ser e com os acontecimentos de nossas vidas. É uma energia? É uma força física, espiritual? Os astros são deuses? Como podem atingir o nosso cérebro?

Não existem explicações plausíveis e razoáveis para todas estas indagações. Os próprios astrólogos desconhecem estes porquês e as pessoas que consultam horóscopos nem sempre se preocupam em perguntar. Talvez com medo de descobrir que suas crenças não têm fundamentos, elas preferem fazer de conta que as estrelas falam, enquanto os astrólogos fazem de conta que as ouvem.

Vale a pena mencionar a declaração de I.W. Kelly, em seu livro Astrologia moderna: uma crítica. Seus defensores modernos não são capazes de explicar qual é o fundamento das associações astrológicas com as questões terrenas, não têm qualquer explicação plausível para suas alegações e não contribuíram com nenhum conhecimento de valor para qualquer campo das ciências sociais.

3. Porque pessoas nascidas no mesmo dia e horário têm temperamentos e destinos diferentes
Foi realizada uma pesquisa, na década de 50, com mais de dois mil bebês nascidos quase simultaneamente em um mesmo dia do mês de março, na cidade de Londres. Como o mapa astral das pessoas é baseado na hora e lugar do nascimento, os cientistas monitoraram esses bebês durante 45 anos na tentativa de identificar as características semelhantes entre eles na vida adulta. Mas não encontraram nenhuma semelhança no destino dos bebês, chamados de “gêmeos de tempo”. Também compararam mais de 100 características pessoais, como, por exemplo, agressividade, ansiedade, habilidade nos esportes e nas artes, desempenho nos estudos, etc., e fizeram testes de inteligência. Não descobriram nada parecido entre eles. A única conclusão a que puderam chegar foi que a astrologia é uma inutilidade.

Portanto, o que se pode concluir é que, na prática, as previsões astrológicas não oferecem qualquer evidência empírica. Muito pelo contrário, é evidente que o que menos influencia a vida e o destino de uma pessoa é o momento do seu nascimento. É uma explicação inválida para a vida humana e incapaz de apresentar qualquer sentido coerente para isto.

4. Porque a nossa vida é determinada por nossas escolhas e não pela impessoalidade dos astros
“Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência” (Dt 30.19).

Se quiserdes, e obedecerdes, comereis o bem desta terra” (Is 1.19).
“Manteiga e mel comerá, quando ele souber rejeitar o mal e escolher o bem” (Is 7.15).
“E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida” (Ap 22.17).

O livre-arbítrio foi o grande presente de Deus ao homem, que o tem tornado distinto das demais criaturas. O homem tem a possibilidade de refletir sobre sua situação e, mediante sua razão, tomar decisões. Seu destino é a colheita de sua própria semeadura (Os 8.7; Gl 6.7,8) e não a consequência cega do dia, mês e ano em que nasceu. O futuro do ser humano não pode ficar atrelado às estrelas. Isto não seria justo. Só pode ficar atrelado às suas próprias decisões nesta vida. Não é nada consolador dizer a alguém que sofre por causa de uma tragédia que isto era inevitável porque já estava determinado em seu nascimento.

Não se pode negar que se as proposições da astrologia forem levadas a sério o homem é um mero escravo de um determinismo planetário. Seu destino e ser estão escritos nas estrelas.

5. Porque as afirmações da astrologia são arbitrárias
Por exemplo, Roy Gillet, presidente de uma das maiores associações de astrólogos do Reino Unido, fez a seguinte observação política sobre W. Bush, presidente dos EUA, e Tony Blair, primeiro-ministro inglês: “Descobri que o Blair tem a Lua em Aquário, coisa de gente muito fechada, auto-suficiente. Ele e o Bush têm o Sol em Câncer, por isso são tão amigos e não dão satisfação a ninguém. Fazem sempre o contrário do que o mundo inteiro espera deles”.

Por que “ter a Lua em Aquário” faz alguém ser fechado? Não poderia fazer a pessoa ser concentrada, ou analítica, ou extrovertida, ou alegre, por exemplo? Por que o fato de ambos terem “o Sol em Câncer” os faz amigos? De onde vem o conhecimento de que tal posição dos astros indica tal atitude nas pessoas? É algum tipo de lei da natureza? São leis universais aceitas por todos os astrólogos de todas as épocas em todos os lugares? Essas leis podem ser comprovadas? Ou são meros produtos da opinião dos astrólogos?

As leis astronômicas foram descobertas pelos astrônomos. As leis astrológicas foram inventadas pelos astrólogos. Não existem lógicas em suas deduções. Não existem princípios que possam ser extraídos e aplicados infalivelmente em qualquer tempo e lugar. Tudo o que é dito a respeito de uma interpretação astrológica é dito arbitrariamente, segundo a criatividade e opinião do astrólogo. O significado dos astros não é extraído por algum processo lógico, mas, sim, atribuído pelos astrólogos conforme a “fertilidade” de sua imaginação.

Por outro lado, é maravilhoso ver que Moisés, instruído nas artes e ciências do Egito, ensinou a Israel, pela revelação divina, a afastar-se desse tipo de idolatria. Disse ele: “Que não levantes os teus olhos aos céus e vejas o sol, e a lua, e as estrelas, todo o exército dos céus; e sejas impelido a que te inclines perante eles, e sirvas àqueles que o SENHOR teu Deus repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus” (Dt 4.19). Sua concepção era de um Universo criado por Deus para o bem do homem e não de um Universo que era algum deus.

Por essas palavras, percebemos que a adoração aos astros era comum na antiguidade. Mas aqueles que queriam ser fiéis a Deus fugiam disso: “Se olhei para o sol, quando resplandecia, ou para a lua, caminhando gloriosa, e o meu coração se deixou enganar em oculto, e a minha boca beijou a minha mão, também isto seria delito à punição de juízes; pois assim negaria a Deus que está lá em cima” (Jó 31.26-28).

Conhecendo as raízes da astrologia, cabe ao homem afastar-se desta para apegar-se ao Deus vivo.

6. Porque a astrologia está ligada à magia
“Caso de um acaso bem marcado em cartas de tarô. Meu amor, o nosso amor estava escrito nas estrelas, tava sim...”. Era a música de uma cantora pop da década de 80. É fácil perceber o quanto a astrologia está próxima de outros tipos de magia e ocultismo. O perfil do astrólogo não se harmoniza, em ponto algum, com o do pesquisador, do astrônomo ou do cientista. Ele não é um pensador, nem um filósofo. Na verdade, é um “vidente”, um tarólogo, um bruxo, um quiromante, ou algo parecido. Quem lida com astrologia lida com os poderes do oculto e não com as evidências da ciência ou da sabedoria. Negar isto é tolice.

Por mais que os astrólogos queiram incluir cálculos matemáticos e astronômicos em suas “previsões”, isto não os redime. Na verdade, os resultados de suas análises têm mais a ver com a mediunidade do que com a precisão científica. Longe de ser uma ciência exata, a astrologia não passa de uma arte de adivinhação tão condenada pela Bíblia como as demais.

A astrologia é irmã gêmea da magia. Em seu livro sobre magia moderna (wicca), Eddie Van Feu afirma: “Todos os rituais devem seguir uma tabela planetária para uma melhor eficácia...”. Segundo ela, “você precisa saber quais influências cada planeta exerce e consultar as horas e os dias de acordo com seu ritual ou encantamento”. Lua cheia, solstícios, influência dos planetas (cada astro exerce uma influência específica), são elementos comuns à bruxaria.

7. Porque a Bíblia condena todo tipo de adivinhação e ocultismo
A astrologia, em sua forma tradicional, é um método de adivinhação baseado na teoria de que as posições e movimentos dos corpos celestes (estrelas, planetas, Sol e Lua), no momento do nascimento, influenciam profundamente a vida da pessoa.

Tem sido a porta de entrada mais comum para outros tipos de ocultismo. Embora em sua comercialização assuma, muitas vezes, um caráter inocente, quase como que de uma brincadeira popular, quando, porém, proferida e utilizada por verdadeiros astrólogos, torna-se tão nociva espiritualmente quanto as outras formas de adivinhação.

Quem deseja, pois, se afastar de todo tipo de práticas proibidas deve também se afastar da astrologia, ainda que apresente aparência de inocência. 
“Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti” (Dt 18.9-12).
Por este motivo, o profeta Isaías, ao proferir seu juízo contra a idólatra Babilônia, também não pôde deixar de profetizar contra seus “agoureiros dos céus”, aqueles que se diziam capazes de predizer o futuro por meio das estrelas:
“Deixa-te estar com os teus encantamentos, e com a multidão das tuas feitiçarias, em que trabalhaste desde a tua mocidade, a ver se podes tirar proveito, ou se porventura te podes fortalecer. Cansaste-te na multidão dos teus conselhos; levantem-se pois agora os agoureiros dos céus, os que contemplavam os astros, os prognosticadores das luas novas, e salvem-te do que há de vir sobre ti. Eis que serão como a pragana, o fogo os queimará; não poderão salvar a sua vida do poder das chamas; não haverá brasas, para se aquentar, nem fogo para se assentar junto dele. Assim serão para contigo aqueles com quem trabalhaste, os teus negociantes desde a tua mocidade; cada qual irá vagueando pelo seu caminho; ninguém te salvará” (Is 47.12-15).
8. Porque eu entreguei minha vida a Jesus e Ele é o Senhor das minhas atitudes, do meu presente e do meu futuro
A experiência cristã de conversão e novo nascimento põe fim completo à crença na astrologia. Para alguém que passou a viver sob o senhorio de Jesus Cristo, não existe lugar para a noção de que o movimento dos astros no céu seja responsável por qualquer coisa em sua vida, seja seu jeito de ser e pensar, seja seu futuro.

A vida cristã é concebida em termos do caráter de Cristo. “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20). Somos transformados pelo Espírito Santo (2Co 3.18) para nos tornarmos semelhantes a Cristo (Rm 8.29). Antes disso, está escrito que éramos controlados por nossa carne, pensamento e, também, por Satanás (Ef 2.2,3). Não podemos aceitar a “forma” deste mundo (Rm 12.2), e isto inclui rejeitar a crença na astrologia como fator determinante de nossa personalidade.

A vida cristã é regida por chamado e ministério (At 20.24). Deus tem um propósito e um futuro para a nossa vida (Jr 29.11), e devemos viver segundo este propósito para que possamos chegar a este futuro que Ele nos tem preparado. Não há espaço para confiar em coisas “escritas nas estrelas”. Nada que aconteça no espaço sideral deve nos atemorizar. Nenhuma previsão astrológica deve causar qualquer preocupação em nosso coração. “Não vos espanteis dos sinais dos céus; porque com eles se atemorizam as nações” (Jr 10.2). Um crente de verdade está seguro da sua vida nas mãos de Deus e de modo algum vai se deixar enganar pelos absurdos da astrologia.

Se há algo para o homem entender quando olha para as estrelas, com certeza não é seu temperamento nem seu futuro. Mas pode olhar para o céu e reconhecer um pouco da glória e do poder de Deus: “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl 19.1).
“Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas” (Rm 1.19,20).
Pode também fazer como o rei Davi e perceber a bondade de Deus e a pequenez do ser humano diante da grandeza do Universo:
“Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; que é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o visites? pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste. Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés: todas as ovelhas e bois, assim como os animais do campo, as aves dos céus, e os peixes do mar, e tudo o que passa pelas veredas dos mares. Ó SENHOR, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome sobre toda a terra!” (Sl 8.3-9).

Glória ao Deus que é sobre todas as coisas!

Notas:
COSTA, Jefferson Magno. Porque Deus condena o espiritismo. CPAD, 1987.
VAN FEU, Eddie. Wicca.Editora Escala, 2003.
Enciclopédia Britânica. Verbete Astrologia Vol 2, Edição de 1967.
Revista Superinteressante, nº 10, ano 2, out/1988.
KELLY, I.W. Modern Astrology: a critique, p. 931.
http://www.cetico.hpg.ig.com.br/astrologia.html.

Fonte: Instituto Cristão de Pesquisas (ICP)
Extraído e adaptado de: Porque não creio na astrologia, por Eguinaldo Hélio

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